sábado, 6 de julho de 2013

Dessa vez

Dessa vez eu não tenho interlocutor, não tenho destinatário, nem mesmo segundas intenções.
Agora todas as ilusões me deixaram, estou sozinha e tão lúcida como nunca. Agora não vejo a hora de sentir a vida mudar.
Passaram-se os tempos... primeiro a inapetência, segundo a paz imensa, terceiro uma paixão fugaz, quarto eu voando nos ares, quinto o trabalho e as tormentas, sexto foram os numerosos livros, e sétimo  a desilusão. Vários os números, previsíveis as fases, mas tudo, tudo passou.
As contas foram todas quitadas. Começo a contar agora os dias pra te conhecer.
Sinto o entusiasmo bater à porta e a alegria reposta no estoque. Minha despensa está cheia, minha agenda tomada, meus amigos embriagados, meus soluços entrecortados, meu coração à sua espera.
Quando eu soube que você existia, vi que tudo valeria a pena. Te espero em meio à algumas dúvidas e numerosas certezas. A verdade me compraz, enquanto a ansiedade tenta invadir meus mais profundos anseios.
Dessa vez as coisas serão diferentes, não serão iguais, mas como devem ser. 

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