Existe estória difícil de esquecer, eu quase devo escrevê-la com “h”... É um trauma doido de lembrar. Cada dia menos doído, mais suave, mais no lugar. Haverá o dia em que a indiferença sepultará cada cm de loucura que por tanto tempo me movimentou, e porque não ser sincera e confessar: ainda hoje é parte do meu combustível.
Foi um trauma, um tapa na minha cara de menina. Outra menina que me sacudiu e trouxe um furacão pra minha existência, choro por 24h, pensamentos repetidos por semanas a fio, lembranças até o dia de hoje, e um sentimento que talvez eu nunca saiba descrever... É um contrário enorme do não sentir nada. É uma avalanche de coisas confusas que invadem a minha mente. Um mar de coincidências que quebrou na onda do dia de ontem.
Dentro de mim sempre houve uma sonhadorinha, que ama escrever, e encontra nas palavras o seu verdadeiro aconchego. Sempre existiu uma sedenta por conhecer o mundo, por pisar em solo parisiense, por patinar no gelo, por sentir a neve caindo, por falar inglês fluente, por cruzar os ares entre um continente e outro, entre um país e outro, entre esse sonho e o próximo.
Eu não sei se devo tirar satisfações, questionar suas razões, desculpá-la enfim, parabenizá-la por suas suadas conquistas, ou por ter me tornado quem eu sou. Sem ela eu seria outra, e talvez se não fosse ela, seria outra.
Pretendo passar mais um ano sem remexer essa memória cansativa, que me exaure, mas que de certa forma me recompõe. Enquanto isso vou deixar tudo quieto, como sempre. Vou me alimentar do conto de fadas dos últimos dias, e se tudo der certo, encontrar com a realeza em breve. Porque a minha vida, sem um elemento surpresa, teria outra escritora.
Adorei o texto Leandra! você escreve muito bem!
ResponderExcluirBeijos! Luanna
deixa barato nao leandra!
ResponderExcluirmuito boa sua redacao!