Sabe-se lá o motivo,
quais os astros resolvem se emparelhar, quais os hormônios ou neurotransmissores que em cascata se afogam...
Sabe-se lá o porquê.
Tudo conspira pra uma visitação solitária dentro de mim
mesma.
Trinta e um dias, nada convencionais.
Já culpei o ócio e
todos os seus efeitos, já assumi os dias atropelados e os plantões em sequência
como os autores. Já senti a mais doce das mansuetudes, mas já desaguei em
moinhos de vento.
Perco o apetite, traço novos projetos, planejo as próximas
horas e anos, volto atrás, reflito, leio... Um capítulo de um livro e mais um
de um terceiro. Pensamentos acelerados e confusos, precisam de um dia corrido
pra entrarem na fila e correrem certinho, sinapse por sinapse, sem atropelos, encaixados,
fazendo algum sentido, ou deixados de lado, depois de muito me incomodar.
Pesadelos em pleno horário comercial. Lucidez de arder os
olhos. Conclusões amargas de engolir. Epifanias evitadas com toda força. A parte
boa de tudo isso? Eu e a tela e nossos encontros tidos como casuais, minhas
confidências nada secretas, e muito menos claras.
Esclarecimentos, arrependimentos, e vontade nenhuma de
voltar atrás. Meus erros ontem, talvez meus pontos fortes amanhã, quem sabe?
Dança descoordenada, do tempo e dos fatos, um par destemido
que eu não ouso interromper... Nunca precisou fazer sentido, bastava ser sentido,
dentro de mim.
Adorei como sempre.
ResponderExcluirAdorei como sempre.
ResponderExcluir