segunda-feira, 9 de setembro de 2013

De olhos fechados

Dia 6 de Janeiro de um longínquo ano de 2012, dia dos Santos Reis, lá estava eu, em excelente companhia, fazendo a simpatia da romã... Num papelzinho lembro bem dos meus pedidos... Desejei coisas com tamanho ardor que elas se apressaram em se materializar... Recordo direitinho... Eu pedia intensamente e com tanta fé...
Eu pedi um tanto, e veio tudo triplicado, de uma vez, aos montes, feito uma onda que quebra e te desequilibra... Veio de mansinho e ao seu tempo, veio como havia de ser.
Hoje, tanto tempo depois, vejo como tudo se encaixa, as coincidências rimam, elas têm métrica e paralelismo.
O acaso, meu caro, é planejado com muita antecedência.
Quando for pra desejar algo, lembre-se que você é o amo, e o gênio pode levar a sério seus anseios... Pense, pense de novo, e então mais uma vez... Há de ter certeza até pra duvidar.
A colheita é compulsória, porém, às vezes, ela pode te surpreender e ser ainda mais abundante do que previa seus mais delirantes sonhos.
Quando eu fechar meus olhos, dessa vez sem datas especiais, sem sementes de romã, seu patuás, terços ou quaisquer badulaques... Dessa vez, quando eu fechar meus olhos, talvez pelos cantinhos escorram lágrimas da mais profunda gratidão, talvez de olhos cerrados meu sorriso seja largo e uma risada contida surja... Agora, de olhos bem fechados, eu vou enxergar tudo mais claro do que nunca...

3 comentários:

  1. Que palavras linda, profundas e verdadeira, concordo nossos desejos sim sempre a maioria já estão bem planejados!! Mandou bem prima!!

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  2. Leandra, corriqueiramente passo aqui pra ler alguma coisa e posso te dizer que nenhuma vez me decepcionei com o que li.
    Por favor não deixe que a medicina e o tempo sufoquem suas palavras, pois elas não merecem. Beijos!!!

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  3. Me emocionei, Leandra!! Obrigada pelo sentimento... por fazer com que tais palavras tenham tanto sentido pra mim! Parecia até um fluxo do meu próprio pensamento... pareciam minhas próprias lágrimas... só tenho certeza ser realmente meu o nó na garganta que me sobrou ao final do texto! Surpresa Ótima para uma noite de quarta/cansaço! Boa noite! Att, Luísa Paiva.

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