Eu ando pelo mundo, e feito na música mais linda, dezenas de
sensações me invadem. Não censuro nenhuma delas, dou livre curso ao pensamento,
deixo tudo tomar seu lugar.
Dentre as minhas certezas, foi pouco o que restou. Dentre os
meus anseios, não há nenhuma dúvida. As coisas se dão ao seu tempo, o que não se
aplica às pessoas, essas têm seus próprios mistérios...
“Em que você é forte?” Essa pergunta me emudeceu...
Confesso, não sei dizer. Talvez só conheça minha tenacidade quando esta for
posta em cheque. Sei que no discurso e na prática, poucas coisas coincidem.
Enquanto a melodia me embala, pouco consigo deter... Eu ando
pelo mundo e as tais sensações se multiplicam, vão tomando uma proporção quase
incontrolável, elas crescem dentro do vão que ficou. Meu fluxo de pensamento se
acelera, toma de mim a calma que carrego no peito, toma de mim a razão que
teimo em jamais perder, me toma e eu cedo, não resisto, me entrego, deixo
fluir, deixo sentir, deságuo, e em cascata tudo vem à tona.
Mentira, à tona tudo sempre esteve, me conheço tão bem que
me assusto com o reflexo no espelho, meu traços joviais são feito uma máscara, escondem
todas as ideias, todas as concepções, tudo que me move.
Eu ando pelo mundo, e dentre os acordes, entro em contato com
cada um dos meus sentimentos... Dentre
as rimas, me deixo levar contemplando as coincidências da letra e do momento
atual... Dentre tudo, entro cada vez mais pra dentro de mim.
Enquanto escrevo sinto que meu semblante muda, que uma
serenidade delicada me inunda, e a paz volta a me habitar.
Silêncio e trabalho, meus companheiros distintos, meus
amigos de longa data... espero vocês no lugar de sempre.
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